COACHING E NEUROCIÊNCIA

COACHING E NEUROCIÊNCIA

O Coaching em suas diversas especificidades veio para ficar e fazer parte do estilo de vida da sociedade moderna. Pregando o foco na solução e não na causa das questões que atrapalham o dia-a-dia das pessoas, e com ênfase na ação, dentro de prazos pré-estabelecidos, não é difícil encontrar atualmente quem contrate um processo de Coaching para obter resultados desejados em curto espaço de tempo. E onde entra a Neurociência nisso? Para que possamos entender essa relação é preciso voltar a algumas definições, antes de mais nada.

Segundo a International Coaching Federation, Coaching é uma parceria entre o “Coach” (o profissional) e o “Coachee” (seu cliente) em um processo de reflexão e criatividade conjuntas, que inspire o cliente a otimizar seu potencial pessoal e profissional, tão importantes no meio-ambiente incerto e complexo de hoje. O Coach deve respeitar seu cliente como o “expert” em sua própria vida e trabalho. Dessa forma, alinhado com os objetivos deste, ele deve incentivar o autoconhecimento, a criação de soluções e estratégias, promovendo a autorresponsabilidade pelos resultados, entre outros ganhos.

Quanto a Neurociência, ela nos traz luz na compreensão de como funciona o nosso cérebro e como esse funcionamento atua não só nos comandos que nos garantem a sobrevivência como em nosso comportamento e em nossa trajetória de vida. Sabemos que nosso cérebro é composto por bilhões de neurônios que vão formando conexões permanentes em resposta a estímulos do mundo exterior. É muito difícil – ou mesmo impossível – desfazer tais conexões, mas a neuroplasticidade permite que novas conexões sejam criadas a qualquer tempo.

Os mapas neuronais são a representação interna do mundo exterior. Sabemos que quanto maior a atenção direcionada a certo mapa neuronal, maior carga de energia ele recebe e, assim, mais forte e profunda será a ligação entre os neurônios envolvidos naquele mapa; em linhas gerais, quando os neurônios são estimulados, substâncias químicas são liberadas e lançadas sobre os espaços entre os mesmos, chamados sinapses, fazendo a conexão. Uma vez fixado, aquele mapa neuronal torna-se “familiar” ao cérebro. Sabemos também que o cérebro gosta de velhos hábitos e de tudo que lhe é familiar, rejeitando a mudança e o novo em um primeiro momento. Com o tempo, porém, criamos novos mapas neuronais, com novos focos de energia em novos padrões que representam a mudança.
A função do Coach aqui é tentar direcionar o foco da atenção e a energia do Coachee para a solução daquilo que ele busca e a criação de novos mapas neuronais, novos hábitos, novos padrões. Parece fácil em tese, mas requer muito trabalho em conjunto, com o uso de perguntas poderosas e ferramentas que induzam à reflexão e ao autoconhecimento.

Sabemos também que o cérebro reage aos estímulos do mundo exterior como se fossem ameaças ou recompensas. Estas respostas automáticas são as emoções, que estão ligadas ao nosso sistema límbico. David Rock, ciador do Neuroleadership Institute e da metodologia Neurocoaching ®, diz em seu livro Your Brain at Work que tudo o que fazemos na vida está baseado na decisão do cérebro de minimizar o perigo ou maximizar a recompensa. Na medida do possível, o Coach deverá tentar minimizar a resposta defensiva em seu Coachee e maximizar o estado de recompensa.

Dessa forma, compreendendo os padrões do funcionamento cerebral, desviando o foco da atenção da causa para a solução dos problemas, promovendo reflexão criativa que instaure novos hábitos e padrões produtivos, um Coach experiente pode, com dedicação e confidencialidade, fazer a ponte entre o estado inicial e o estado desejado, e levar seu cliente a obter os resultados esperados dentro do prazo previsto.

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