O Coaching e o foco no Aprendiz

O Coaching e o foco no Aprendiz

O ensino de língua estrangeira é um mercado próspero no mundo todo; se pensarmos na nossa condição de ser social, agrupados em culturas e territórios que falam línguas distintas, é fácil entender o porquê: precisamos nos comunicar.

No Brasil, talvez por sermos ainda um país culturalmente muito jovem e em desenvolvimento, este mercado é especialmente frutífero. Temos carência no domínio das línguas estrangeiras, sobretudo da língua inglesa, a língua da globalização.

Não será por falta de escolas, professores e métodos que uma pessoa não aprenderá inglês no Brasil. Mas por isso mesmo ela poderá pensar melhor de que maneira quer aprender, ou melhor, de que maneira consegue aprender melhor, ou aprender de fato.

O assunto pode ser abordado a partir de inúmeros prismas; de um lado, podemos avaliar os métodos mais conhecidos, ou a configuração dos cursos disponíveis, ou os meios usados, as novas tecnologias e muitos outros.

De outro lado, mudando o foco, está o aprendiz. Ao longo dos anos o foco esteve mais nos cursos, professores, métodos e materiais, sem muita preocupação com o outro lado do jogo, ou seja, como aquilo tudo era recebido, processado e assimilado pelo aprendiz. Grupos heterogêneos, muitas vezes com níveis diferentes de habilidade linguística, recebendo exatamente a mesma aula.

O crescimento do Coaching nas mais diversas habilidades, trouxe também para o ensino das línguas esta nova abordagem, esta nova visão com foco no aprendiz, ou “coachee”, que recebe um treinamento específico para as suas necessidades próprias levando em consideração suas características de personalidade e talentos inatos.

O trabalho de Carl Jung no início de Século XX foi fundamental no desenvolvimento das abordagens holísticas do nosso tempo. Ele dizia que as pessoas são diferentes de maneiras fundamentais, e que as pessoas têm preferências por “funcionar” de maneiras características ou “típicas” daquele indivíduo em particular. No âmbito do aprendizado das línguas, está provado que tipos psicológicos diferentes fazem diferentes usos de estratégias de aprendizagem, ainda que inconscientemente. Sabe-se ainda que aprendizes de sucesso conhecem suas preferências, seus pontos fortes, seus pontos fracos e conseguem fazer uso destes em benefício da aprendizagem.

Mais tarde, Howard Gardner nos presenteou com a teoria das múltiplas inteligências, mostrando que todos nós possuímos habilidades diversas, porém com predominância de uma ou de outra, o que facilita o aprendizado de determinados conteúdos ou atividades ou o aproveitamento melhor de determinado método.

Mais recentemente, com os avanços da neurociência, soube-se que 50% do nosso cérebro é resultado da herança genética, enquanto os outros 50% são resultado do nosso conhecimento e nossas experiências pessoais, o que faz com que cada cérebro no universo seja absolutamente único.

Com tanta diversidade, é preciso um coach bem preparado, experiente e sensível para avaliar e explorar todas as circunstâncias descritas e levar o “coachee” ao seu melhor desempenho, atingindo a meta desejada no prazo determinado.

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