EM QUANTO TEMPO APRENDEREI INGLÊS?

EM QUANTO TEMPO APRENDEREI INGLÊS?

Essa é uma das perguntas que mais ouço ao receber um novo contato para o Language Coaching. Tempo hoje em dia é um patrimônio inestimável, não é mesmo? Mas será só isso? O que causa tamanha ansiedade no momento dessa tomada de decisão – começar (ou recomeçar) a trilhar uma estrada que parece longa e penosa em direção ao troféu em que se transformou o domínio do inglês.

É a mesma ansiedade das perguntas “em quanto tempo perderei 5 kg?”, “quanto tempo leva para desenvolver os músculos?” “quanto tempo vai demorar pra crescer meu cabelo?”, e por aí vai. Somos seres ansiosos, queremos resultados, os quais projetamos para um futuro diferente do presente, onde poderemos nos apossar de um objeto de desejo ao qual ligamos uma série de expectativas, algumas realistas, outras não.

Não importa se você acabou de começar o seu curso de língua estrangeira ou se já avançou alguns níveis; tenha paciência, pois ainda não é possível responder de maneira definitiva quanto tempo leva para aprender um idioma. Na verdade, há um tempo médio de aprendizado estipulado por linguistas, que serve de referência para cursos de idiomas e livros didáticos. Mas esse tempo médio é variável conforme o contexto de aprendizado de cada aluno.

Outra maneira de avaliar quanto tempo leva para aprender inglês ou qualquer outro idioma pode ser encontrada em um livro que faz parte da formação de diplomatas americanos. O Foreign Service Institute (FSI), que fornece treinamento para funcionários do Departamento de Estado dos EUA, desenvolveu um mapa que apresenta em ranking o tempo necessário para aprender cada idioma europeu. Segundo esse mapa, o tempo depende do grau de dificuldade e complexidade de cada língua.

Mas nem com este método foi possível dar respostas precisas. Há variações tanto no tempo total de aprendizado (de 2.820 horas a 3.300 horas para atingir a fluência) quanto no tempo para cada nível. Porém, o mais importante é entender que devemos desconfiar daqueles cursos que vendem fórmulas mágicas e prometem fluência em poucos meses.

O fato é que nem as pesquisas científicas conseguiram estabelecer uma resposta única, e quando entram em jogo as variáveis da vida real a coisa fica mais complicada. A língua materna, o conhecimento prévio de outras línguas e, naturalmente, a dedicação do aprendiz interferem nessas horas.

Ter aptidão com a linguagem em geral também interfere. Algumas pessoas têm mais, outras têm menos, da mesma forma que elas têm níveis diferentes de aptidão para cálculos, esportes, arte e outras atividades. O método também tem influência direta: uma abordagem mais comunicativa, com foco na contextualização da língua coloca o aluno em um caminho mais eficiente, otimizando o aprendizado.

E não adianta contar só com a carga horária em aula para atingir o domínio de um idioma. Para desenvolver as competências de comunicação em uma língua estrangeira, o cérebro precisa internalizar e automatizar o uso das estruturas do outro idioma. Ampliar a exposição à língua em questão, também otimiza o processo: ouvir música, ler livros, ver filmes e séries sem legenda, acompanhar canais do YouTube, configurar o celular e o computador para o idioma tornando-o presente no nosso cotidiano potencializa os esforços.

Motivação e dedicação são dois combustíveis essenciais para o alcance de qualquer meta na vida, e com as línguas não é diferente: mais que cumprir a carga horária com a frequência desejada, é importante estar atento, ser participativo.

Considerando todos os fatores acima, cada vez mais a metodologia do Coaching corresponde ao que se espera para encurtar esse caminho e tornar a jornada menos pesada: a customização leva em conta os fatores pertinentes a cada indivíduo em particular; as metas divididas em pequenas etapas tornam o objetivo final mais próximo e visível a cada dia; o uso dos interesses pessoais fazem com que cada sessão seja uma fonte de prazer e não de sofrimento; a parceria e a confidencialidade tornam a relação coach-coachee uma força extra onde um não ensina, mas ajuda o outro a aprender em seu estilo e ritmo próprios.

Nada do que é realmente bom nessa vida vem rápido ou fácil, nada valioso conseguimos sem esforço, de graça. Tempo é valioso, sim, mas sem respeitarmos seu fluxo não conseguimos ver as metamorfoses mais desejadas. O importante é o movimento inicial e a crença de que seguir em frente é a única direção possível para o crescimento.

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